No meu relógio, o tempo pára,
Mas os ponteiros, à tua procura,
Fazem redondas viagens
Para os desencontros, mulher.
Desta varanda, também os montes,
Que no Inverso são nevados,
Como magentas noutras estações,
E tu não estarás, mulher, nas hordas…
Eis o lago, viste como se espelha,
Assim entre o cisne que desliza
E o teu olhar de águas reflectido?
Estando eu nas margens, mulher,
Na sensação de que não retive
O tempo parado em teu sorriso.
Filinto Elísio