sábado, julho 24, 2010

ao leito de estarmos

outrossim...não mudam os deuses de costume

que a lua estando cheia te faça sorrir

e o lago ora azul respingue aos teus pezinhos beira-mar;



quando soletra o sol
   em solstício e de letras

sete: uma a uma
a mandar vir
   entre consoantes e vogais;

espreitas
   no poema
alquimia que não será
o estarmos no chat :)
ou »(¨0¨)«
quando não »(^º^)«
anagramas
da não inscrição
das ilhas que somos;

regressas aos lugares
às suas guapas e raras iguarias
ditoso (és tudo) assim: do musgo silencioso
ao distraído monte
   e seus abrolhos
bem como à cabrocha
tendo por serpente
a de tatuagem no teu dorso;

ou no dorso da carruagem
   metro para saint germain de prés
grafitti  duende que broxa

que lhe acudissem o sexto sentido + 1
que lhe afoitassem o sétimo sentido
seus sábios pés que palmilharam creta
labirintos e outros tantos infinitos;

que a lua estando cheia te faça sorrir

e o lago ora azul respingue aos teus pezinhos beira-mar
as formigas continuem o seu labor de pão

e cada dia em Ivoire amanheça sem lá estarmos
os cisnes deslizantes sem que os dragões desçam alpes
degladiar côdeas de broa e de poesia 
elfos e bacantes dos tambores pelos orbes
e se te silencias às horas que tanto gemem
como sempre rangem ao leito de estarmos...


filinto elísio