Como não saudar e aplaudir um festival que, já na primeira edição, nos apresentou Lenine e Boanaventura, e, consolidando-se em segunda edição, nos prestigia agora com Mário Canonge e Mahattan Transfer? Alguém dirá que aquilo não é puro jazz, mas creio que o grande objectivo dos seus promotores (Câmara Municipal da Praia) e produtores (Harmonia) seja a miscelânea da música de qualidade, tenha ela ou não proximidade ao clássico do Jazz. Fazem-no bem. Com classe e oportunidade. State of the art. O importante, presumo, é fazer da cidade da Praia (e de Cabo Verde) um palco visível e coerente da boa música (nacional e internacional), aquela que transcende a geografia e não se ajoelha aos rótulos apressados. Crioulidade, de onde caboverdianidade também se emerge, é também seguramente a pedra expoente deste momento festivo. Música, maestro!