terça-feira, setembro 14, 2010

Do cisne

A Rute Pires, amiga, a cumprir os anos

(De repente, o cisne: branco, branco, branco. Trocava-o pelos jacarezinhos de Tocantins. De repente, os alpinos montes. Deixava-me emocionar pelas águas que vazam do além. Amazónia, diria você)


Não tanto se via quanto desliza,
Todavia, fio que se alisa no lago,
Em ser, rastro de cisne, mastro
O que vira, de seu lastro, eu…

Quedo e quieto, sem este grito
Nem aquele atrito, algo restrito
Que se alteasse, ateu que sou,
Sussurro de Deus em seu olhar…

(Branco, branco, branco, o cisne. Mas do pássaro que se escuta. Afoito pássaro do nada. Em suas cores do ocaso. Você também é poema…)

Filinto Elísio