quarta-feira, outubro 06, 2010

Mãe

Como gostarias de ver a torrente das águas, descendo o monte em cascata. Como adorarias o rumorejo das águas, em bolhas de girinos que se tornam sapos. Coaxam ali coisas saltitantes; gorjeiam acolá coisas voantes. Para além do alvoroço, roçam pelas encostas a silvestre relva e o musgo silencioso. Cheira a rosmaninho e a chá de arruda. É tempo de chuva e tu distante do carinho que a ninguém eu daria. Entrementes, a escalvada cor da secura dando lugar a uma pele bem mais esverdeada. Infinda saudade de não estares aqui…