Nem tudo o que reluz é ouro. Reluza, em nosso pensamento, o vão das coisas. Reduzam ao nada os exuberantes catedrais. A grande cidade. Pó, simples pó, as torres, os obeliscos e as muralhas. Ó grandes impérios que não passam de hiatos. Esboroando no deserto e no além, as vozes diáfonas dos deuses. Tudo não sendo eufórico, nem luminoso. Tudo não sendo o sentido das coisas. Os alquimistas estão chegando. Vamos à desdita de transmutar os metais menores que ouro. Assumir a degradação dos diamantes. Eles não são eternos. O elixir de uma certa vida. A que se assume alteridade na nossa fragmentação. E das nossas verdades estes ladrilhos que vamos sendo.